Temática I – A Pedagogia do eLearning
Abordagens pedagógicas em Elearning e o papel do professor em contexto online
Bibliografia anotada
Nota: os 2 itens solicitados encontram-se destacados.
Anderson, T. (2011). The theory and practice of online learning (2nd ed.). Athabasca University Press.
Parte I – Fundamentos teóricos da pedagogia do elearning. Cap. 2 – como as pessoas aprendem. Cap. 4 – “practice-in-practice” e tecnologia e ensino. Curioso: Parte II – Cap. 9, foi sugestão de um aluno. Ver infra sobre contributos de alunos e design de instrução em Lockyer et al. (2016). Parte IV – Cap. 14 – o papel do professor e do aluno em contexto online.
Anderson, T., & Dron, J. (2011). Three generations of distance education pedagogy. The International Review of Research in Open and Distributed Learning, 12(3), 81–97. https://doi.org/10.19173/irrodl.v12i3.890
Conteúdo, contexto e expectativas de aprendizagem determinam o que retirar das chamadas três gerações do ensino a distância, assim definidas não em função do tipo de tecnologias que usam, mas sim das experiências de aprendizagem que incluem. Reter a evolução de Siemens (2005) a Merrill (2017), incluindo este texto e ainda a evolução já analisada em Dron e Anderson (2016) no trabalho realizado para a UC de EaD.
Interessante levantamento de constrangimentos e alterações no que respeita ao papel do aluno e do professor. Bom complemento da análise ao texto de Siemens (2005), detalhada infra. Levanta vários problemas e linhas de investigação no dealbar do elearning para o ensino adulto profissionalizante: “we articulate several important research questions within each of the constructs of the model, and provide suggestions for accounting educators interested in pursuing distance education pedagogy”.
Cassundé, F. R., & Morgado, L. (2019). O estado do conhecimento sobre competências digitais docentes: Tendências e perspectivas internacionais. Revista Intersaberes, 14(31), 75–95. https://doi.org/10.22169/ri.v14i31.1499
Dron, J., & Anderson, T. (2016). The future of e-learning. In C. Haythornthwaite, R. Andrews, J. Fransman, & E. M. Meyers (Eds.), The SAGE Handbook of E-learning Research (pp. 537–556). SAGE.
As tecnologias (LMS) alteraram a paisagem do ES. Relevante: o conceito de desenho de instrução como processo de criar ou adaptar ideias pedagógicas (p. 338), reforçando ideias de Siemens, Merrill, Anderson e Dron. Importante. “the field of learning design focuses on the designers of learning.” Nem todos sabem de elearning design – fenómeno análogo ao que acontece / vai acontecer agora no Ensino Básico e Secundário… Duas ideias interessantes: o design de instrução não previu a participação dos alunos como coautores; o artigo abre essa possibilidade: “Future directions in the field of learning design may build on initiatives that have sought to involve students as co-designers of particular learning resources, tools or experiences” (p. 338). Prática dos professores enquanto designers de instrução: p. 346 e segs. Fatores de influência: alunos, professores e contexto. Perspetivas futuras relacionam-se com “learning analytics, and expanding notions of teacher thinking and teaching practices.” (p. 348)
Merrill, M. D. (2017, January 1). Using the first principles of instruction to make instruction effective, efficient, and engaging. Lidtfoundations.pressbooks.com. https://lidtfoundations.pressbooks.com/chapter/using-the-first-principles-of-instruction-to-make-instruction-effective-efficient-and-engaging/
Reencontramos a noção presente em Siemens (2005) sobre o não-valor que é o conhecimento desprovido de necessidade (causalidade e consequência): “I decided that e-learning should refer to the quality of the instruction, not merely to how it is delivered, so I labeled effective, efficient, and engaging instruction as e3 instruction.” Distribuir ou debitar informação, não é ensinar: “Information alone is not instruction!”. Um modelo de ensino e3 (eficaz, eficiente e envolvente) é altamente motivante. Aprender é motivante quando nos tornamos bons nisso e leva-nos a querer aprender mais. A motivação é um produto não uma causa da aprendizagem. Este pressuposto leva Merril a rever a literatura para encontrar os princípios de instrução basilares de etapas de aprendizagem (learning events) da aprendizagem e3: “Activation, Demonstration, Application, Integration, and Problem-centered.” Merril recomenda um desenho de instrução de cursos online centrada na resolução de problemas, com demonstração e discussão dos aprendentes. Student focused.
Moreira, J. A., & Vieira, C. P. (2017). eLearning no ensino superior. CINEP/IPC.
Ebook recente focado em processos e práticas pedagógicas de professores portugueses e brasileiros dedicados a EaD e eLearning em Portugal e no Brasil. Importante por apontar “perspetivas de desenvolvimento e necessidade de mudancas para práticas cada vez mais abertas, flexíveis, inclusivas e online.” Dividida em duas partes: 1. Práticas da UAb e 2. Docência em eLearning. Rever: capítulo 5, Competências de aprendizagem e tecnologias digitais (Trindade e Moreira, p.99). Relacionar com (Cassundé & Morgado, 2019): temática de interesse. Possivelmente interessante também, capítulo 7, Desafios da educação a distância em instituições com cursos presenciais (Ramos, p. 139).
Pereira, A., Mendes, A., Morgado, L., Amante, L., & Bidarra, J. (2007). Modelo pedagógico virtual da Universidade Aberta para uma universidade do futuro. https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1295/1/Modelo%20Pedagogico%20Virtual.pdf
Reigeluth, C. M. (2017, January 1). An instructional theory for the post-industrial age. Lidtfoundations.pressbooks.com. https://lidtfoundations.pressbooks.com/chapter/an-instructional-theory-for-the-post-industrial-age/
Siemens, G. (2005). Connectivism: A learning theory for the digital age. Itdl.Org; ITDL – International Journal of Instructional Technology and Distance Learning. http://www.itdl.org/journal/jan_05/article01.htm
Texto seminal de George Siemens: propõe uma teoria de aprendizagem alinhada com a voragem do século XXI. Concilia tendências de aprendizagem, tecnologia e redes assumindo uma rápida evolução do conhecimento, que não vale por si só. A propósito de Behaviourismo, Cognitivismo e Construtivismo diz: “Learning theories are concerned with the actual process of learning, not with the value of what is being learned.” E acrescenta: “Additional concerns arise from the rapid increase in information. In today’s environment, action is often needed without personal learning (…), we need to act by drawing information outside of our primary knowledge. The ability to synthesize and recognize connections and patterns is a valuable skill.” Partindo de diferente teorias de aprendizagem, Siemens cria uma poderosa matriz teórica para a aprendizagem (digital) que responde às exigências da evolução tecnológica e social. Encontramos a mesma preocupação e refundição em autores de referência como Anderson e Dron (2011).
Siemens, G. (2017). Connectivism. Pressbooks.com; Pressbooks. https://lidtfoundations.pressbooks.com/chapter/connectivism-a-learning-theory-for-the-digital-age/